terça-feira, 26 de julho de 2011
Dirofilariose Canina ou Verme do Coração
Morador de Rua Cuida de 11 Cães
Olhem a limpeza dos cobertores! Muitos donos de cães e gatos, com casa própria e condições financeiras, não têm o mesmo amor, respeito, e o cuidado com seus animais de estimação...
Oração de Um Cão Abandonado
Não tenho água para beber, e estou tão cansado.
Procuro um cantinho onde possa me abrigar da chuva, mas muitas vezes sou chutado. As pessoas não gostam muito de mim aqui nas ruas.
Estou fraco, não consigo andar muito, mas encontrei enfim um lugar para passar essa noite.
Está muito frio e o chão está molhado. Já não tenho pêlo para me aquecer, estou doente, e creio que ainda hoje vou me encontrar contigo. Aí no céu meu sofrimento vai terminar.
Peço-vos então, pelos outros, por todos os cãezinhos e animais abandonados nas ruas, nos parques, nas praças.
Mande-lhes pessoas que deles tenham compaixão, pois sozinhos, viverão poucos meses, serão atropelados, sofrerão maltratos dos impiedosos. Proteja-os.
Amenize-lhes esse frio, com o calor das pessoas abençoadas.
Diminua-lhes a fome, tal qual a que sinto, com o alimento do amor que me foi negado.
Sacie-lhes a sede com a água pura dos Seus ensinamentos.
Elimine a dor das doenças, dos maltratados, estirpando a ignorância do homem.
Tire o sofrimento dos que estão sendo sacrificados em atos apregoados como religiosos, científicos, tirando das mãos humanas a sede pelo sangue.
Abrande a tristeza dos que, como eu, foram abandonados, pois, dentre todos os sofrimentos, esse foi o maior e mais duro de suportar.
Receba, DEUS, nesta noite gelada, a minha alma, e minha oração pelos que aqui ficam. É por eles que vos peço, pois não são humanos, mas são Seus filhos, e são leais e inocentes, e foram criados por Suas mãos e merecem o Seu abrigo.
Amém.
Sarna Negra ou Demodécica em Cães
A formulação dos produtos ou utilização de medicamentos existentes no mercado são opções de escolha do médico veterinário.
Sarna de Ouvido: Como Detectar e Tratar
Pulgas em Cães e Gatos: Perigo e Incômodo!
Adulta:
Curiosidades:
Conheça algumas delas:
- A pulga é um parasita muito voraz. 72 pulgas adultas podem consumir 1ml do sangue do animal por dia.
- A pulga é uma ótima saltadora. Ela pode saltar mais de trezentas vezes a altura do seu próprio corpo. Se nós pudéssemos fazer isso, seria o equivalente a pularmos a altura do Pão de Açúcar!
- As pulgas adultas, após saírem das pupas, procuram ficar nas pontas dos tapetes, dos móveis ou em cima de qualquer objeto para facilmente localizar o seu hospedeiro.
- A pulga é o hospedeiro intermediário do Dipylidium caninum, que causa uma doença grave no animal e no homem causa a Zoonose Dipilidiose
- A picada da pulga causa irritação na pele dos animais ou DAPP (Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas), além de anemia, irritação e estresse.
Coprofagia Canina
Doença do Carrapato
Bom, acho que todos que tem cães em casa já ouviu falar da Doença do Carrapato, ou também chamada de Erliquiose canina.
Mas afinal, o que é a Erliquiose canina?
A Erliquiose é uma grave doença infecciosa que acomete animais da família canidae que são lobos, cães e chacais. Atualmente, é denominada erlichiose monocítica canina (EMC).
Essa doença é causada principalmente pela bactéria Erlichia canis, tem como vetor (transmissor) o carrapato Rhipicephalus sanguineus, chamado comumente de carrapato vermelho ou carrapato marrom do cão. A transmissão também pode acontecer durante transfusões sanguíneas ou através de agulhas ou instrumentais cirúrgicos contaminados. O mesmo carrapato transmissor da erliquiose é responsável pela transmissão da Babesiose, outra doença infecciosa que pode ocorrer juntamente junto com a erliquiose, agravando ainda mais o quadro do cão contaminado.
Como o cão se contamina?
Ao picar um cão contaminado, o carrapato transmite a doença para outro cão sadio que venha a picar também. O sangue do primeiro cão contaminado é inoculado no cão sadio através do carrapato Rhipicephalus sanguineus.
Quais os sinais e sintomas apresentados pelo cão contaminado pela Erlichia canis?
A fase inicial da infecção ou fase aguda, geralmente traz um quadro de febre, que pode variar entre 39,5 ºC e 41,5 ºC. Em geral, o animal apresenta ainda perda de apetite, com conseqüente perda de peso. Pode apresentar ainda fraqueza muscular. Alguns cães, que apresentam quadro mais grave na fase aguda, podem apresentar secreção nasal, param totalmente de se alimentar, apatia, depressão, sangramento nasal, urina com sangue (hematúria), sangramento digestivo, náuseas, vômitos, inchaço nas patas, dificuldade para respirar. A fase aguda pode durar cerca de 4 semanas e, se não for muito intensa ou se o animal permanece por longos períodos sozinho, pode passar desapercebida pelo proprietário.
Alguns animais apresentam a doença numa forma subclínica, isto é, sem sinais e sintomas aparentes. Os proprietários mais atenciosos podem perceber palidez de mucosas, perda de apetite e/ou inchaço nos membros. Quando avaliado pelo veterinário, geralmente é detectada anemia, sinal de algum sangramento que não foi notado.
Em alguns cães a infecção pode ser persistente e, quando o sistema imunológico do animal não for capaz de combater e eliminar a bactéria, este apresentará a fase crônica da doença. Nestes, a doença adquire características de doença auto-imune, comprometendo todo o sistema imunológico, reduzindo as defesas para outras infecções. Além da anemia, fraqueza, o animal pode ser acometido por infecções secundárias, oportunistas, causando pneumonia, diarréia, lesões na pele, etc…Ao exame de sangue, percebe-se uma queda de plaquetas, que são responsáveis pela coagulação sanguínea, o que causará sangramentos crônicos (sangramento nasal, no aparelho digestivo, etc). Dessa forma, o animal ficará fraco, apático, sentindo-se sempre cansado, devido à anemia.
A seta mostra a Erlichia (bactéria) dentro de um leucócito (célula de defesa do organismo).
Como é feito o diagnóstico da erliquiose?
Os sintomas apresentados pelo cão no início da doença (fase aguda) não são específicos e podem levar a diversas suspeitas diagnósticas, dificultando a detecção da doença. Outros fatores, se observados podem ajudar no diagnóstico como, por exemplo a presença do carrapato no animal ou no ambiente e a ocorrência da enfermidade em outros cães da região.
O diagnóstico pode ser feito através do exame de sangue (Hematócrito). Após colhido o sangue pelo veterinário, será encaminhado para laboratório e, através de esfregaço ou testes sorológicos, pode ser detectada a doença.
A erliquiose tem cura?
Sim, tem cura se tratada adequadamente. As chances de cura são maiores quando o tratamento é iniciado precocemente. Quando tratada no início da doença, após cerca de 48 horas após o início do tratamento já pode ser observada melhora no estado geral do animal.
Como é tratada a erliquiose?
A doença é tratada com o uso do antibiótico “DOXICICLINA” , em qualquer fase da doença.
O combate ao carrapato transmissor da doença é muito importante para o tratamento, evitando o risco de re-infecção e de transmissão a outros animais sadios. Para tal, devem ser utilizados carrapaticidas no ambiente e também no animal. A coleira anti carrapato deve ser usada pelo cão, bem como produtos em banho medicinal e de aplicação na pele.
Os humanos pode pegar erliquiose?
Não há relatos de casos de erliquiose canina em humanos, entretanto, outros tipos de bactéria erlichia, que não a canis, podem transmitir outro tipo de erliquiose para humanos, também através de carrapatos.
Prevenção:
É feita pela higienização do animal e do ambiente. A presença do carrapato pode ser evitada através do tratamento do ambiente com carrapaticidas.
Então, cuide sempre do seu grande amigo e combata essa grave doença !
Medicação sem prescrição, diga NÃO!
Não me de remedios sem consultar o veterinario...
Entende-se por medicamento, qualquer droga (remédio) de uso oral (comprimido, líquido ou cápsulas), injetável ou tópico (pomadas, xampus, cremes, sprays). A ato de prescrever um medicamento, não consiste apenas em escrever uma receita com nome e dose do medicamento. Para que determinada droga seja prescrita é preciso ter conhecimento sobre anatomia, fisiologia, farmacologia e patologia clínica, visto que uma droga necessita de N fatores pra ter sua ação esperada no organismo. No caso da medicina veterinária isso se torna ainda mais importante, pois lida-se com espécies diferentes, diversas raças, tamanhos e idades de cães e gatos.
Muitas vezes, na angústia de ver seu animal de companhia com comportamento alterado ou apresentando algum sinal clínico específico, o proprietário ou responsável por ele acaba recorrendo a medicamentos “comuns” em casa, na tentativa de ajudar seu cão ou gato de estimação. Mas infelizmente essa atitude envolta em boa intenção, acaba na maioria das vezes somente prejudicando o quadro do animal. Isso porque na medicina veterinária, os medicamentos são prescritos de acordo com o peso exato do animal, idade, espécie (cão ou gato), condição do animal, e algumas vezes até de acordo com a raça. Além disso, algumas medicações, entre elas as humanas, extremamente comuns em quase todos os lares, são contra-indicadas para cães e gatos. Ou quando se tem indicação, a dose seguida é individual, e não pode levar por base nem ao menos doses pediátricas humanas.
Já com relação a medicamentos de uso veterinário, usados sem indicação do Médico Veterinário após exame completo do animal, também podem gerar graves consequências. Algumas raças de cães por exemplo são sensíveis a uma determinada medicação veterinária usada comumente no tratamento de sarnas, nestas raças esta medicação pode levar o animal a problemas neurológicos graves. Alguns xampus antipulgas para cães não podem ser usados em gatos, pois são tóxicos. Antibióticos e analgésicos de uso veterinário possuem doses individuais de acordo com o peso exato no animal. Sendo que as doses de bula e frequência de uso, muitas vezes pode variar de acordo com a condição clínica do paciente.
Animais jovens, idosos, fêmeas grávidas ou em lactação possuem várias restrições relacionadas a medicações. Algumas medicações usadas em fêmeas prenhes, podem levar a formação de fetos com problemas físicos. Outras medicações passam através do leite e podem afetar uma ninhada inteira no caso de fêmeas lactantes. Idosos e jovens possuem metabolismo diferente que os adultos, precisando de intervalos maiores ou menores de administração do medicamento.
Ou seja, se seu animal estiver apresentando qualquer alteração de comportamento ou sinal clínico (vômito, diarréia, dor, dificuldade de locomoção, problemas dermatológicos etc.) procure o Médico Veterinário. Pois algumas vezes o problema que era “simples” pode se tornar muito complicado devido a medicação sem prescrição. Portanto medicamentos que foram usados em outras situações (mesmo que prescritos pelo Veterinário), medicamentos pediátricos de uso humano, “conselhos” de parentes, balconistas de pet-shops ou casas agropecuárias, balconista de farmácia ou qualquer pessoa que não seja um profissional Médico Veterinário capacitado para prescrever um medicamento para seu animal de estimação, não devem ser seguidos!
------------------------------Maricy Alexandrino
Médica Veterinária
www.clinipet.com
Fone: (44) 3225-7209
Maringá - Paraná
O Valor de uma Consulta Veterinária
Apesar do título, este informativo não visa falar sobre valores monetários, mas sim sobre o valor real e a importância de uma consulta veterinária, para você e seu animal de estimação.
O médico veterinário, é o profissional apto a lidar com todas as áreas relativas a saúde e bem estar de um animal de estimação, e de algumas áreas da saúde humana, como por exemplo as zoonoses (doenças transmitidas do animal ao ser humano).
Ao "contratar" (contrato verbal, a partir do momento que se inicia uma consulta) os serviços de um veterinário de pequenos animais, você tem a oportunidade de elucidar diversas dúvidas relacionadas a saúde, bem estar, comportamento e nutrição relacionados a seu animal de estimação, bem como dúvidas relacionadas às doenças que seu animal pode lhe transmitir e como evitá-las, como lidar com um cão/gato, como preparar o ambiente da sua casa para eles, como escolher um animal.
Mas para que o veterinário possa lhe ajudar, é necessário que você "esteje preparado" para a consulta. Quanto mais informações você levar ao veterinário, melhor ele poderá te ajudar, visto que ele trabalha basicamente com informações passadas verbalmente pelo proprietário do animal, e com sinais visíveis no paciente no momento da consulta. Informações básicas, mas de grande utilidade para o veterinário, incluem: idade do animal, tipo e frequência de alimentação, data da última vacinação, frequência e quantidade diária de urina, consumo de água, presença ou ausência de vômito, diarréia, tosse, coceiras, data de início dos sinais clínicos, tratamentos já realizados (com os nomes das medicações) entre outros detalhes mais específicos de acordo com o problema, que somente quem convive diariamente com o cão ou o gato poderá informar.
Preparar algumas anotações num papel, é uma ótima forma de não se esquecer de perguntar ou comentar algo com o veterinário durante a consulta.
A consulta veterinária incial, dura em média de 30-60 minutos, e o tempo deve ser aproveitado da melhor maneira possível, para que o proprietário não vá com dúvidas para casa. Caso o veterinário lhe explique algo que tenha ficado um pouco confuso, principalmente sobre o problema que o animal apresenta e o tratamento prescrito, não exite em fazer perguntas. Neste caso é melhor pecar pelo excesso, do que cometer algum engano que pode se tornar prejudicial ao animal. Mas uma dica, não vá a uma consulta veterinária com pressa, ou com pouco tempo disponível, pois algumas consultas podem ser demoradas (as dermatológicas por exemplo) ou talvez seja preciso coletar amostras para exames. E como diz o antigo ditado, a pressa é inimiga da perfeição.
Um tipo de consulta que ainda é pouco procurada nas clínicas, é a consulta comportamental e a consulta em busca de informações antes de adiquirir um animal de estimação. O Médico Veterinário, deve ser consultado pra orientar sobre qual raça de cão ou gato se adaptaria melhor a você e a sua rotina. Através de informações fornecidas pelo interessado em adiquirir o animal, tais como espécie, porte, tipo de pelagem, temperamento, nível de atividade física, gastos mensais, espaço disponível... o veterinário poderá lhe dar algumas opções. Escolhas erradas, podem gerar muitos transtornos ao animal e ao seu dono. Como por exemplo, aquisição de um cão da raça Labrador, por alguém, que mora em apartamento e não dispõe de muito tempo para o animal, ambos terão problemas.
Já as consultas comportamentais, visam tentar corrigir ou amenizar disturbios apresentados pelo animal, que podem ser unicamente de origem comportamental, ou podem ser secundários a problemas orgânicos. Como por exemplo um animal que se torna agressivo de uma hora pra outra. A causa do problema pode ser somente comportamental como dominância, ciumes bem como pode ser secundário a algum problema orgânico como dores ou desconforto.
Orientações comportamentais, também devem ser buscadas em problemas rotineiros que incomodam quem convive com o animal, tais como: latidos em excesso, eliminação de fezes e urina em locais inapropriados, brigas com outros animais, destruição de objetos, agressividade etc.
Conhecendo o real valor de uma consulta veterinária e sabendo aproveita-lá, o valor financeiro acaba sendo o menor deles.
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Maricy Alexandrino
Médica Veterinária
www.clinipet.com
Fone: (44) 3225-7209
Maringá - Paraná
Erliquiose Canina
O carrapato que transmite tal doença recebe o nome de Riphicephalus sanguineus ou carrapato vermelho do cão. Eles possuem hábito nidícola vivendo em ninhos, toca ou abrigo de seus hospedeiros. Gostam de lugares quentes e escuros.
Um fêmea adulta pode ovipor em média 4.000 ovos que eclodem em 2 a 7 semanas, liberando as larvas que irão se alimentar por 3 a 12 dias, estas lavas alimentadas caem do hospedeiro e permanecem fora por 6 a 90 dias quando se transformam em ninfa. As ninfas também se alimentam por um curto período 3-10 dias, após alimentadas voltam ao ambiente para se tornar adulto. Geralmente para completar seu ciclo necessitam de 3 hospedeiros, para larva, ninfa e adulto, mas o carrapato pode completar seu ciclo de vida com apenas um animal como hospedeiro se desprendendo do animai ao final de cada repasto sanguíneo (alimentação). Parasitam principalmente a cabeça, pescoço, doros orelhas e entre os dedos. São muito comuns em áreas urbanas.
Se o complicado ciclo de vida for interrompido o carrapto pode sobreviver por longos períodos ou hibernar no inverno, podendo sobreviver dentro de casa devido suas baixas necessidades de umidade. Além da erliquiose este parasita também transmite aos cães a Babesiose e a Hepatozoonose.
O R. sanguineus (carrapato vermelho) transmite a Erliquiose para os cães, pela saliva enquanto se alimenta com o sangue do animal. A doença tem um período de incubação de 1-3 semanas.
A Erlichia spp. é um microrganismo (riquétsia) intracelular obrigatório e existe várias espécies de Erlichia, sendo a Erlichia canis a que mais comumente afeta os cães.
O microorganismo não é transmitido via transovariana no carrapato, portanto somente um carrapato alimentando-se em um cão doente é capaz de tornar-se infectado e perpetuar a doença. A doença também pode ser transmitida aos cães por tranfusões sanguineas.
A erliquiose consiste em 3 fases principais:
- aguda: inicia-se de 1 a 3 semanas após infecção. Durante este período o microrganismo se multiplica dentro de determinadas células e em alguns órgãos como fígado, baço e linfonodos, levando a aumento destes tecidos. As células infectadas são transportadas via sangue para outros órgãos especialmente pulmões, rins e meniges induzindo a vasculite e infecção tecidual subendotelial. Ocorre também consumo, sequestro e destruição de plaquetas. Esta fase pode durar em média 2-4 semanas, seo o animal conseguir eliminar o microrganismo;
- sublclínica: ocorre de 6 a 9 semanas após a inoculação. O cão se torna portador do microorganismo, porém sem manifestar sinais de doença. Esta fase pode durar até 5 anos após infecção, podendo evoluir para fase crônica;
- crônica: nesta fase é onde muitas alterações clínicas se desenvolvem, devido a reação imune do organismo contra o microorganismo.
Os sinais clínicos da erliquiose, variam de acordo com a fase da doença, condições imunes do hospedeiro e tipo de cepa e espécie de Erlichia.
Na fase aguda o cão pode manifestar sinais de febre, anorexia, perda de peso, presença de carrapatos e aumento de linfonodos. Já na fase crônica os sinais em sua maioria são causados por uma reação imune do organismo tentanto combater o parasita, o cão pode apresentar: depressão, perda de peso, mucosas pálidas devido a anemia intensa, dor abdominal, sangramento nasal, diarréia escura, vômito, lesões oculares (sangramentos oculares, uveíte), aumento de órgaõs (baço, fígado), alterações neurológicas (compativeis com inflamação de meninges), aumento no consumo de água e frequência de urina (secundário a lesão renal) entre outros sinais, caracterizam cães que desenvolvem manifestações da doença durante a infecção crônica. Devido a imunossupressão infecções bacterianas secundárias poderão aparecer.
Os sinais clínicos da fase crônica são discretos a ausentes em alguns cães e graves em outros cães, não é raro em áreas endêmicas detectar alterações no exame de sangue compatíveis com infecção crônica por E.canis em cães saudáveis que estejam apenas fazendo exames de rotina.
O diagnóstico é feito através do histórico (presença de carrapatos ou área endêmica da doença), sinais clínicos e achados de exames laboratoriais. A Erlichia canis afeta determinadas células do sangue, levando a um baixo número circulante delas e tal achado em associação aos sinais clínicos pode ser sugestivo da doença. Exames bioquímicos e urinálise são importantes para detectar alterações precoces em outros órgãos, principalmente os rins.
Exames mais específicos como sorologia e PCR, são úteis para se chegar ao diagnóstico. Alguns cães podem estar concomitantemente infectados pela erliquiose e babesiose, ou mesmo hepatozoonose, visto todas serem transmitidas pelo mesmo carrapato.
A erliquiose é uma doença fatal se não tratada. O tratamento tem a intenção de combater o microorganismo, bem como tratar as lesões por ele causada. A terapia básica consiste em antibioticoterapia via oral com droga específica durante 21 dias. Em alguns casos pode ser necessário uso de droga injetável aplicada a cada 7-15 dias. Dependendo da gravidade dos sinais o cão precisará de internamento para fluidoterapia e tranfusão sanguinea. O sucesso do tratamento irá depender da fase da doença e gravidade dos sinais que o cão apresenta, visto que em estágios avançados da erliquiose pode ocorrer aplasia de medula.
O controle da infestação dos carrapatos é parte essencial do tratamento, para evitar uma recidiva da doença, pois o cão não se torna "imune" após a infeção, e com isso caso seja novamente picado por um carrapato infectado, poderá adoecer de novo.
Como a erliquiose não é transmitida via transovariana no carrapato, a doença pode ser eliminada no meio ambiente pelo controle dos carrapatos e pelo tratamento de todos os cães por toda uma geração de carrapatos. O R. sanguineus pode transmitir a erliquiose por aproximadamente 155 dias.